O primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, diz que o seu governo protegerá as principais estações de televisão do país, como a TVN, de propriedade dos EUA, contra compras hostis, numa medida que visa proteger contra quaisquer tentativas desse tipo por parte da Rússia.
VARSÓVIA, Polônia – O primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, disse na quarta-feira que o seu governo protegerá as principais estações de televisão do país, como a TVN, de propriedade dos EUA, contra compras hostis, numa medida que visa proteger contra quaisquer tentativas desse tipo por parte da Rússia.
Tusk sublinhou que a directiva a ser adoptada na próxima semana visa salvaguardar contra as tentativas da Rússia de influenciar a democracia e os processos políticos da Europa. Ele apontou para as recentes eleições presidenciais na Roménia, que foram anuladas devido a alegações de influência russa.
Tusk disse que a estação mais popular da Polônia, TVN, de propriedade da Warner Bros. Discovery, e a estação privada Polsat serão adicionadas a uma lista de empresas protegidas que exigem permissão do governo para serem vendidas.
“A TVN e a Polsat serão inscritas no registo de empresas estratégicas que estão sob proteção contra aquisições hostis ou que sejam consideradas perigosas do ponto de vista do interesse do Estado polaco”, disse Tusk,
Ele falou ao lado da primeira-ministra da Estônia, Kristen Michal, e ambos enfatizaram que compartilham opiniões sobre a proteção da segurança da região diante da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Ambos os países, que são membros da União Europeia, fornecem à Ucrânia apoio político e militar.
“Queremos proteger os nossos países e a União Europeia contra interferências nos processos eleitorais ou tentativas de assumir ou interferir no trabalho dos nossos meios de comunicação social”, disse Tusk.
Relatos da mídia dizem que a Warner Bros. Discovery está planejando vender a TVN e que o partido Lei e Justiça, de direita e cético em relação à UE, pode estar interessado em comprá-la. A Polsat está no centro de amargas disputas internas pelo controle de seu proprietário, a família de Zygmunt Solorz.