Costumava ser um rito de passagem: passar a noite na fila do lado de fora da bilheteria para conseguir ingressos para os Stones, Springsteen ou (insira seu grupo favorito aqui). A comodidade da venda de ingressos pela internet acabou com o ritual de dormir na calçada. Mas as vendas de ingressos on-line levantaram outra preocupação: estariam os potenciais compradores perdendo para programas de computador que conquistavam os melhores assentos apenas para revendê-los a preços inflacionados? O Congresso respondeu a essa questão aprovando o Melhor Lei de Vendas de Ingressos Online de 2016.
Não é por acaso que é chamada de Lei BOTS porque a lei proíbe o uso de software de computador, como bots, que manipulam o sistema de tickets. Especificamente, a Lei BOTS torna ilegal “contornar uma medida de segurança, sistema de controle de acesso ou outro controle ou medida tecnológica em um site da Internet ou serviço online que seja usado pelo emissor do bilhete para impor limites de compra de ingressos para eventos publicados ou para manter o integridade das regras de ordem de compra de ingressos on-line publicadas.”
A Lei BOTS aborda mais do que apenas comprar bilhetes ilegalmente. O Congresso também tornou ilegal a venda de bilhetes obtidos em violação do estatuto se o vendedor participasse na compra ilegal ou soubesse ou devesse saber que os bilhetes foram adquiridos em violação da lei.
A lei se aplica a concertos públicos, apresentações teatrais, eventos esportivos e eventos semelhantes em locais com capacidade para mais de 200 pessoas. Os AGs estaduais e a FTC têm autoridade de execução.
Essa é uma breve recapitulação que caberia no verso de um ingresso. Se você tem clientes interessados neste assunto, você vai querer ler o Lei BOTS na sua totalidade. E lembre-se de que muitos estados também possuem leis relacionadas à venda de ingressos.