O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sinalizou na quinta-feira abertura para permitir o trânsito de gás não russo através do seu país para a Europa Central.
Se um país receptor for capaz de garantir que o gás não é de origem russa e que Moscovo não está a lucrar com o combustível, então existe a possibilidade de permitir trânsitos após o final do ano, disse Zelensky.
Um acordo pré-guerra entre empresas de energia russas e ucranianas sobre o trânsito de gás russo através do sistema de gasodutos da Ucrânia para a União Europeia não será renovado no final do mês, uma vez que Kiev está determinada a reprimir ainda mais as lucrativas exportações de energia russas, reiterou.
“Não prolongaremos o trânsito do gás russo”, disse ele depois de participar como convidado numa cimeira de líderes da UE em Bruxelas.
Áustria, Bulgária, Croácia, República Checa, Alemanha, Grécia, Hungria, Itália, Polónia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia são os países da UE impactados pelo fim do acordo de trânsito russo-ucraniano, segundo a Comissão Europeia.
Zelensky disse que discutiu a questão com o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, em Bruxelas, que compartilhou preocupações sobre o aumento dos custos de energia.
O presidente ucraniano respondeu que a Ucrânia estava a perder pessoas devido à guerra de Moscovo, bem como dinheiro.
O presidente russo, Vladimir Putin, criticou o fim do acordo de trânsito na sua conferência de imprensa anual na quinta-feira.
“A Ucrânia está a cortar o nosso gás para os consumidores na Europa”, disse Putin.