Bengaluru: Pesquisadores de Bengaluru criaram um dispositivo vestível inovador que pode detectar e se adaptar ao estresse, imitando como o corpo humano processa a dor. A inovação, dizem os pesquisadores do Centro Jawaharlal Nehru de Pesquisa Científica Avançada (JNCASR), pode revolucionar o monitoramento da saúde e melhorar a interação homem-máquina.

O sistema de resposta à dor do corpo humano é extremamente sofisticado. Sensores especiais chamados nociceptores detectam a dor e ajudam-nos a responder a situações prejudiciais, enquanto o nosso sistema nervoso se adapta gradualmente a estímulos repetidos através da habituação – essencialmente aprendendo a sentir menos dor ao longo do tempo.

Inspirando-se neste sistema biológico, os pesquisadores do JNCASR criaram uma versão artificial. Seu dispositivo usa uma rede de fios de prata embutidos em material elástico. Quando esticado, o material cria lacunas na rede prateada, interrompendo temporariamente as conexões elétricas. Notavelmente, o dispositivo pode “curar” essas lacunas e ajustar a sua resposta ao longo do tempo – semelhante à forma como os humanos se tornam menos sensíveis à dor repetida.

O que torna esta tecnologia particularmente interessante é a sua simplicidade. Ao contrário dos sensores tradicionais que requerem sistemas externos complexos, este dispositivo combina detecção e adaptação em uma unidade única e flexível. Quando esticado, ele não apenas detecta a tensão – ele aprende com ela, criando uma resposta mais natural e intuitiva ao longo do tempo.

JNCASR é um instituto autônomo subordinado ao departamento de ciência e tecnologia. “Esta tecnologia combina detecção e resposta adaptativa em uma unidade única e flexível. É um passo significativo na criação de materiais que possam responder de forma inteligente ao seu ambiente”, disse DST.

As aplicações potenciais são de longo alcance. O dispositivo pode levar a sistemas avançados de monitoramento de saúde que fornecem feedback em tempo real aos profissionais médicos sobre os níveis de estresse do paciente. Também poderia melhorar a segurança na robótica, tornando as máquinas mais responsivas às interações físicas.

A pesquisa foi publicada na revista Materials Horizons, da Royal Society of Chemistry (RSC), e a equipe de pesquisa acredita que sua inovação pode abrir caminho para uma tecnologia vestível mais intuitiva e responsiva na área da saúde e além.

  • Publicado em 18 de janeiro de 2025 às 13h21 IST

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