Autoridades russas alertaram sobre sérios danos ambientais na quarta-feira, quando milhares de pessoas compareceram para limpar toneladas de óleo derramado de dois navios-tanque atingidos por uma tempestade há duas semanas no Estreito de Kerch, perto da Crimeia controlada por Moscou.
Mais de 10 mil pessoas, em sua maioria voluntários, correram para salvar e remover a vida selvagem. Toneladas de areia saturada com óleoUm produto petrolífero pesado e de baixa qualidade, segundo reportagens russas.
As autoridades da região de Krasnodar, no sul da Rússia, declararam emergência em toda a região na semana passada, enquanto o petróleo continuava a chegar à costa após 10 dias. Um petroleiro capotou e o segundo foi danificado e abandonado em 15 de dezembro.
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A medida ocorre dias depois que o presidente russo, Vladimir Putin, classificou o derramamento de petróleo como um “desastre ambiental”.
Na quarta-feira, dia de Ano Novo, autoridades de Krasnodar disseram que petróleo havia surgido nas praias de Anpa, um popular resort local.
Mais de 71 mil toneladas de areia e solo contaminados foram removidos ao longo de 56 quilómetros (35 milhas) de costa desde o derrame original, informou o Ministério de Emergências da Rússia na manhã de quarta-feira.
No dia 23 de dezembro, o ministério estimou que o total poderia chegar a 200 mil toneladas de contaminação.
Alguns meios de comunicação russos que criticam o Kremlin citaram voluntários russos dizendo que a ajuda estatal tem sido insuficiente enquanto enfrentam as consequências do surto. Muitos disseram que sentiram dores de cabeça, náuseas e vómitos depois de passarem horas inalando os vapores tóxicos, e queixaram-se de equipamentos e medidas de segurança inadequados.
Outros apelaram ao envio de peritos internacionais, citando a escala do surto e a provável extensão do impacto.
Fotos que circularam nas redes sociais e canais de notícias locais mostraram as aves marinhas cobertas de óleo combustível preto.
O Delfa Dolphin Rescue Center local disse que o feitiço pode ter matado mais de 20 golfinhos, com testes em andamento para determinar a causa das mortes.
O Estreito de Kerch separa a Península da Crimeia ocupada pela Rússia da Rússia e é uma importante rota marítima global, proporcionando passagem do Mar Interior de Azov para o Mar Negro.
Depois de Moscovo, também tem sido o principal ponto de conflito entre a Rússia e a Ucrânia juntou-se à península Em 2014. Em 2016, a Ucrânia levou Moscovo ao Tribunal Permanente de Arbitragem, onde acusou a Rússia de tentar tomar ilegalmente o controlo da região. Em 2021, a Rússia fechou o estreito durante vários meses.
Mykhailo Podoliak, conselheiro do chefe de gabinete do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyi, descreveu no mês passado o derramamento de petróleo como um “desastre ambiental em grande escala” e pediu sanções adicionais aos petroleiros russos.