A Unir, organismo responsável pelo transporte, confirmou que a ligação direta entre Braga e Porto será encerrada a partir de 1 de dezembro. A AMP (Área Metropolitana do Porto) não planeja manter essa rota na nova rede UNIR, citando a falta de acordo e o foco predominante nos cidadãos da zona de Braga e Vale do Ave.

O presidente da CIM-Cávado e da Câmara de Braga, Ricardo Rio, expressou descontentamento com a decisão, enfatizando a importância vital desse serviço para a população. Ele ressaltou o acesso facilitado ao ensino superior, ao Hospital de S. João e ao Instituto Português de Oncologia, evidenciando dados preliminares que apontam uma considerável procura mensal pelo serviço.

Por sua vez, Ariana Pinho, secretária-executiva da AMP, reiterou que a responsabilidade pela manutenção da linha compete à CIM do Cávado ou à do Ave. Ela justificou a ausência de acordo, indicando que a licença provisória expirará com a introdução definitiva da nova rede. Acrescentou que o serviço está centrado na área de Braga e Vale do Ave.

A CIM-Cávado contesta essa posição, lembrando o protocolo assinado em 2019 que considera a contratação da linha com base na área geográfica com mais quilômetros, ou seja, a do Porto.

O órgão destaca que a linha é parte das obrigações de serviço público da AMP, referindo-se ao Acordo de Partilha e Coordenação de Competências assinado em 2019, onde cada linha inter-regional é contratualizada por uma única Autoridade de Transportes.

A falta de resposta formal ao ofício enviado pela CIM e a comunicação tardia sobre a manutenção da decisão causaram desconforto. O fecho iminente da rota gerou um fluxo de reclamações por parte dos utilizadores, que expressaram a importância vital desse serviço para as suas vidas pessoais e profissionais.

A decisão de encerrar essa linha crucial entre Braga e Porto despertou preocupações significativas entre os utentes que dependem dessa ligação diária para trabalho, estudo e cuidados médicos, evidenciando o impacto direto na sua rotina diária.