Pesquisadores israelenses descobrem o mecanismo -chave na propagação de resistência a antibióticos, ET Healthworld

Tel Aviv: Pesquisadores israelenses revelaram na terça -feira que a maneira como as bactérias se movem desempenham um papel direto na disseminação da resistência a antibióticos em um estudo que abre novas possibilidades para combater a resistência a antibióticos.
A pesquisa centrada na conjugação bacteriana, o processo pelo qual as bactérias compartilham material genético, incluindo resistência a antibióticos. Os cientistas da Universidade Hebraica liderados pelos professores Sigal Ben-Yehuda e Ilan Rosenshine descobriram que a rotação dos flagelos parecidos com a cauda da bactéria atua como um sinal mecânico que desencadeia o processo de conjugação.
Até agora, o entendimento predominante era que a conjugação bacteriana ocorreu apenas em superfícies sólidas e que a rotação da cauda era apenas para movimento.
Mas as descobertas, publicadas recentemente no EMBO Journal, um diário revisado por pares, descobriram que o movimento da cauda, chamado rotação flagelar, ocorre em ambientes líquidos. Os pesquisadores também descobriram que o movimento rotacional da cauda atua como um mecanismo de sensor de mecanismo, fazendo com que as células doadoras formem grupos multicelulares com células receptores para facilitar a transferência de genes eficientes. Isso ajuda os genes de resistência a espalhar bactérias, mesmo em condições anteriormente consideradas menos favoráveis à conjugação.
“Esse processo de transferência de DNA, chamado de conjugação bacteriana, há muito é estudado em superfícies sólidas”, disse o Prof. Ben-Yehuda. “O que descobrimos é que, em líquido, é a rotação dos flagelos que atua como um sinal mecânico para iniciar esse processo”.
O estudo concentrou -se no PLS20, um plasmídeo amplamente distribuído encontrado em bacilos subtilis, uma bactéria comum do solo.
Os pesquisadores observaram que os flagelos rotativos desencadeavam a expressão gênica em células doadoras, levando -as a formar grupos com bactérias receptoras. Esses clusters trazem células em contato próximo e facilitam a transferência de DNA. Quando a rotação flagelar foi bloqueada – seja através da modificação genética ou aumentando a viscosidade do líquido circundante – as taxas de conjugação caíram acentuadamente.
“Não se trata apenas de ter flagelos”, explicou Ben-Yehuda. “Eles precisam girar. Essa ação mecânica é essencial para sinalizar as bactérias para começar a compartilhar o DNA”.
Como a rotação flagelar é essencial para desencadear a transferência de genes, apresenta um novo alvo potencial para estratégias antimicrobianas. A interrupção dessa sinalização mecânica pode ajudar a impedir a propagação de genes de resistência sem matar as bactérias.
O entendimento de que o comportamento bacteriano em ambientes líquidos como a corrente sanguínea, os pulmões ou os sistemas de água é mais dinâmica do que se pensava anteriormente também pode levar a melhores modelos preditivos de como a resistência a antibióticos se espalha.
“Nosso estudo traz uma nova noção de que a transferência de DNA sincronizada com o estilo de vida móvel bacteriano fornece ao plasmídeo a vantagem de se espalhar em nichos ecológicos remotos”, disse Ben-Yehuda.