O ex-regime de Bangladesh pode ter cometido crimes contra a humanidade

As Nações Unidas acusaram o regime deposto de Bangladesh, liderado pelo ex -primeiro -ministro Sheikh Hasina, de potencialmente cometer crimes contra a humanidade durante o manuseio brutal dos protestos do ano passado que teriam matado 1.400 pessoas.

O escritório do Alto Comissário dos Direitos Humanos da ONU divulgado na quarta-feira em Genebra disse que encontrou evidências de uma política formal destinada a atacar violentamente os manifestantes antigovernamentais e seus apoiadores.

O relatório levantou preocupações de que essas ações possam se qualificar como crimes contra a humanidade, garantindo mais investigações criminais.

Os protestos, que se transformaram em uma revolta generalizada em Bangladesh no verão passado, culminou na expulsão de Hasina do cargo em 5 de agosto, encerrando seu governo de 15 anos.

Agora, no exílio na Índia, Hasina e seus assessores enfrentam inúmeras acusações criminais relacionadas à sua resposta violenta à revolta.

Em uma declaração que acompanha o relatório, o chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, descreveu a violenta repressão como uma estratégia deliberada e coordenada do ex -governo para se apegar ao poder em meio a oposição generalizada.

Ele acusou os serviços anteriores de administração, segurança e inteligência, bem como elementos violentos ligados ao partido da Liga Awami de Hasina, de graves abusos dos direitos humanos.

“Os testemunhos e evidências que reunimos pintam uma imagem perturbadora da violência estatal desenfreada e dos assassinatos direcionados, que estão entre as violações mais graves dos direitos humanos e que também podem constituir crimes internacionais”, acrescentou Turk.

O relatório da ONU estima que, entre 1º de julho e 15 de agosto, até 1.400 pessoas podem ter sido mortas, com milhares mais feridos.

A maioria das vítimas foi baleada por forças de segurança e 12% a 13% dos mortos eram crianças, acrescentou.

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